Nossa História

Presidente Carlos Magnus Poletti, reeleito em 11/10/2016, comanda a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal do Sindioficiais-ES para novo mandato até 2019.
Os oficiais de justiça do Estado do Espírito Santo, a exemplo dos colegas dos demais estados da federação, nos últimos 30 anos - com a associação e, agora, SINDIOFICIAIS-ES -, lutam pela construção da entidade para, efetivamente, representar essa categoria, formada por homens e mulheres, que diariamente superam inúmeras dificuldades para transformar a letra fria das determinações judiciais em ações concretas do Judiciário. Não vamos aqui citar nomes de guerreiros e de históricos líderes, de ontem e hoje, para não incorrer em injustiças a tantos benfeitores de nossa classe.
Oficiais de justiça a caminho de Brasília para lutar pelos direitos da categoria. Foi o início da criação do SINDIOFICIAIS-ES
Até os dias de hoje, nossa categoria é massacrada devido à atuação de outra entidade, pseudo-representativa, marcada por atitude imoral e subserviente em relação ao Tribunal de Justiça. A tal entidade era e continua refém do carreirismo e dos interesses pessoais daqueles que se perpetuam à frente da mesma há anos, cujo dirigente - denunciado por improbidade em possíveis desvios de verbas da entidade para sua conta bancária particular -, ainda não dá mostras de querer largar o osso. Os companheiros que fazem parte da categoria desde aquela época lembram-se, com amargura, de como nos sentíamos traídos em nossas mobilizações.
Diante de tal cenário, foram muitos os companheiros que lutaram para imprimir um novo caráter à luta dos servidores do Judiciário. No caso particular dos oficiais de justiça, ficou claro que persistir na luta dentro daquela entidade seria desgastante e infrutífero. Cada vez mais, crescia dentro da categoria o sentimento de que só uma nova entidade seria capaz de nos representar e dar um novo rumo à história do movimento dos oficiais de justiça capixabas.
Foi com este sentimento que surgiu o SINDIOFICIAIS-ES. Antes de tudo, precisávamos de uma entidade com reconhecimento legal para nos representar, e buscamos o registro do sindicato junto ao Ministério de Justiça do Trabalho. A partir de então, a adesão dos oficiais de justiça à nova entidade vem crescendo e, hoje, o sindicato conta com sua sede em pleno funcionamento no segundo andar do Edifício Renata, na Cidade Alta, em Vitória. Com amplo espaço e salas de atendimento, dois advogados, funcionários competentes e um diretor de plantão diário, além do plantão 24 horas por telefone, o sindicato oferece aos oficiais filiados apoio, segurança para as atividades, convênios, consórcios, capacitação, via cursos, e treinamentos presenciais e à distância em tempo real, bem como participação direta nas decisões da entidade. Através do site oficial da entidade, http://www.sindioficiais.com/, os filiados se cadastram, participam e votam, de onde estiverem, em todas as propostas e discussões das pautas das reuniões e assembleias.
Construir uma nova entidade com um novo caráter não é tarefa fácil. Mas desde o início o propósito é o fortalecimento da nossa categoria, através de uma entidade independente, representativa e autônoma.
Temos visto nos embates com o TJ uma nova e curiosa atitude de seus dirigentes: o medo da nossa chegada. A cúpula do governo sabe que a subserviência e o comodismo serão superados quando pudermos exercer, em plenitude, os direitos e atribuições como entidade sindical, e que uma nova prática, de altivez, firmeza de propósitos, informação e conhecimento serão a nossa marca. Parafraseando o mestre Rui Barbosa, tudo será sempre na lei, pela lei, nela, por ela e dentro dela que se constituirá a nossa atuação.
Esta nova entidade (com seus primeiros apoiadores e filiados) ainda enfrenta dificuldades para se consolidar. Acostumados aos antigos pseudo-representantes, os sucessivos dirigentes do TJ demoram a perceber a nova realidade e continuam a utilizar as mesmas estratégias, no embate com o movimento dos oficiais de justiça: o descaso com nossos legítimos representantes, intimidação, cooptação, intransigência e truculência.
No entanto, o sindicato conserva o seu caráter autônomo e independente, e a cada dia mais se consolida como representante efetivo da nossa categoria. A histórica suspensão do uso dos carros (2009), em que os oficiais de justiça mantiveram-se mobilizados resistindo a todo tipo de pressões e intimações, representou o grande inicio da consolidação e do fortalecimento da nossa categoria. Ninguém foi punido. Era a AOJES, simples associação, com atividade limitada. Aquele foi um movimento conduzido com habilidade, informação e atitudes efetivas no campo jurídico, que respaldavam uma mobilização massiva dos oficiais de justiça em todas as regiões do Estado.
O que conquistamos com o movimento de 2009, a despeito de não termos atingido os objetivos, são inegáveis: autoestima, respeito institucional e fortalecimento da categoria. Ali plantamos as raízes, fortalecemos a ideia que fez nascer o SINDIOFICIAIS-ES. Pouco a pouco, o governo vai entender que a intransigência e a truculência terão de ser substituídas pela negociação efetiva e direta com nosso sindicato.
É preciso destacar que manter a nossa entidade na trajetória que vem trilhando desde a sua fundação é responsabilidade de cada um de nós, filiados. O SINDIOFICIAIS-ES será o resultado do trabalho permanente de acompanhamento da gestão, da fiscalização, da discussão e da participação de todos, de acordo com as possibilidades e potencialidades de cada um. Não temos garantias de que a democracia, a transparência, a autonomia e independência da nossa entidade perdurarão. Tais princípios só se efetivarão quanto maior for a organização e participação da categoria nas lutas sindicais. Afinal, o sindicato é você, eu, TODOS NÓS!
Diretoria do Sindioficiais